terça-feira, 21 de junho de 2016

Cultive o Red Hot Chili Peppers


Formação atual do RHCP, com o guitarrista Josh Klinghoffer

Olha, eu sei que isso é gosto e gosto não se discute (só se lamenta, às vezes), mas qualidade se discute.

Pessoalmente, eu gosto de MUITAS bandas. Há muitos anos, fiz um top 5 ou 6 de bandas às quais não tenho nenhuma crítica a fazer e que são importantes para mim. Ele é muito pessoal, então não cabe questionamento. Vou citar só por citar:

1 - Metallica;
2 - System Of A Down;
3 - Pearl Jam;
4 - Evanescence;
5 - Red Hot Chili Peppers;
6 - Coldplay.

E bandas de Symphonic Metal e alguns outros gêneros de Metal não estão aí porque esses gêneros têm um lugar separado comigo. Esses tops meus não dizem nada sobre nada de nada, são apenas algumas das bandas que mais me fazem sentir bem. Fiz este post como um comentário sobre a quinta.

Algumas bandas têm uma coisa de unir gente de todos os gostos, o que pessoas mais chatas tratam como trazer posers para o nosso meio. Mas no caso do RHCP, a questão é que você tem que ou ter muito mal gosto ou ser muito babaca para não gostar, mesmo que não costume ouvir. Isso porque eles são uma banda extremamente icônica e importante pra história do nosso rock. Para os trashers mais conservadores, lembre aqui do Flea apresentando a entrada do Metallica para o Rock n Roll Hall of Fame. Veja também aqui eles proprios lá. Cerimônia "completa" aqui.

Algumas bandas, como o RHCP, têm também uma coisa: todos os membros da banda serem diferenciados ou feras no que fazem. Talvez você, mesmo que não seja instrumentista, já tenha se pego apreciando um instrumento diferente em particular cada vez que ouve uma mesma música. Uma vez, o vocal do Anthony Kiedis, outra, a guitarra do John Frusciante nas épocas dele, outra, a própria batera do Chad Smith, outra, o Flea, um dos baixistas mais icônicos por aí. Icônico é a palavra aqui.

Você pode ouvir Dani California apreciando a letra e o vocal - a maior parte das músicas deles têm letras curiosas -, a cozinha, com aquele ritmo legal pra caramba, ou as linhas de guitarra do Frusciante, que é um guitarrista genial; ele não costuma "fritar", como a gente chama, mas há outras maneiras de ser brabo na guitarra. Frusciante é um cara que prova isso.

Sem falar que você conhece os clássicos do Red Hot Chilli Peppers. Não é uma pergunta, é uma afirmação; é seguro afirmar que você conhece. São aquelas músicas que se você nunca ouviu, pode se matar, por favor. Os álbuns Blood Sugar Sex Magik (1991), Californication (1999), By The Way (2002) e Stadium Arcadium (2006) são grandessíssimos discos do rock alternativo. Fora esses, ainda tem trabalhos muito legais, como o I'm With You, de 2011, e os outros mais antigos.

Esta é uma banda que tem uma vibe muito gostosa - que por algum motivo parece combinar com o Brasil, vai ver é essa coisa da Califórnia - e que toda vez que faz um trabalho mostram que sabem fazer como poucos, sempre saindo alguma coisa muito legal. Este comentário vem à luz de um novo trabalho deles, The Getaway, que talvez não seja tão inspirado (pra mim, ainda é cedo pra dizer se gosto ou não), mas não vamos dizer que o grupo morreu.

RHCP é aquele exemplo de rock dos anos 90 que ainda vive (digo 90 mesmo que tenha começado nos 80). Que quando aparecer, vai trazer aquela nostalgia de assistir os clipes na MTV, talvez ouvir as músicas no Walkman, os CDs e tudo mais. O Red Hot Chilli Peppers deve ser cultivado.

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