domingo, 5 de junho de 2016

Falácias: Incredulidade Pessoal

"Não sei. Logo, aliens." - imagem retirada do Conspiracy Channel
Uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que se alega. Essa frase é uma definição retirada da internet, mas na realidade, uma falácia não chega a ser um argumento.
Ainda na internet, vamos à definição de um site muito bom e a que todos subestimam só porque qualquer um pode editar (como se todos os seus artigos fossem estar errados por causa disso. Qual é essa falácia?): o Wikipédia.

O termo falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica. Fecha aspas para o Wikipédia.


E nós, como bons e honestos argumentadores que somos todos (kkkkkk), devemos aprender a evitar usar de armadilhas lógicas na própria argumentação e a reconhecê-las na argumentação alheia.

Uma boa maneira de se fazer isso é aprendendo o que são as falácias e exemplos de cada uma. Elas são muitas, e a partir de agora vou, esporadicamente ou em situações pertinentes, compartilhar exemplificando algumas muito comuns e que tenho o desprazer de ver muito no dia a dia.

Vou começar chamando atenção pra uma grande, que leva a uma coisa que me revolta, que é a nossa mania de comprar as idéias falaciosas das teorias de conspiração. É a falácia da Incredulidade Pessoal.

Ela funciona assim: Assuntos complexos, como a evolução biológica por seleção natural, precisam de um certo grau de compreensão, de conhecimento, antes que possamos abordá-los devidamente. Essa falácia é usada para substituir esse conhecimento. Porque algo é difícil de entender ou não se sabe como funciona, a pessoa infere que é falso, normalmente desdenhando da explicação verdadeira e mais lógica e inventando uma outra fantástica.

Um exemplo muito comum do emprego disso é nas teoria conspiratórias, como a de que as pirâmides do Egito foram construídas por extraterrestres. O fato de que esse ponto da história é ligeiramente obscuro abre margem para interpretações embasadas em vídeos conspiratórios de YouTube e alguns livros viajados de que a arquitetura é muito complexa para aquela época, portanto só poderiam ter sido construidas por Deuses astronautas ou extraterrestres, ou algo assim. O que na verdade constitui um preconceito e um anacronismo: essa ideia de que povos antigos não teriam capacidade de erguer construções faraônicas provém simplesmente da ignorância. Todos os especialistas nos assuntos tão questionados concordam que os teóricos conspiradores não se aprofundam devidamente nos seus estudos e tiram conclusões erradas. Leia mais sobre por que teoria essa teoria não faz sentido, assim como tantas outras, aqui.

Esse assunto das teorias de conspiração rende muito e fica pra uma outra conversa. Voltando à falácia, vou terminar citando um exemplo mais "brazuca":
Flamengo x Vasco, o Flamengo faz um gol impedido mas o juiz não anula, e o vascaíno:
"Aí, não marcou o impedimento! Nunca vi isso, juiz errar assim! Só erra quando é pra favorecer o Flamengo! Comprado! Só pode ter dedo da Globo nisso! Flaglobo!"

Enfim, é dever nosso ser honesto na hora de discutir. Veja mais algumas das falácias mais comuns aqui.
Este é o primeiro post da minha série sobre falácias. Veja todas as postagens da série aqui.

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